sábado, 25 de setembro de 2010

madrugadis

e quem sabe eu procuro aquilo que não existe, nem nunca existirá?
o sentimento inexpressivo de desejar aquilo que não se procura
e se espera encontrar?
quem pode julgar ou criticar algo assim?
eu não crio pessoas - e justamente por isso me dou o direito de não me contentar com todas elas
eu não tento moldar ninguém - e justamente por isso dou com a cara no muro dos egos superautoprotetores
eu tento viver com as pessoas com aquilo elas são, e tento aceitar - e por acaso não é isso que deveria ser feito?
muitas vezes a vida me parece algo estranho demais pra se praticar
talvez dê pra dizer que ela é como um treino de esqui após uma sessão de aulas feita às pressas: já na descida, o sujeito vai adaptando os movimentos, sabendo que a cada topada na árvore ele cai e pode se levantar, mas pelo trajeto ser íngreme esse ato seja um tanto quanto dificultado. isso sem contar nos que vem logo atrás, que podem tanto passar por você desapercebidamente, se esborrachar assim como você ou simplesmente ignorar a sua presença

não faço ideia pra onde tudo isso vai levar, mas que o movimento segue, isso não há como negar. é o único caminho possível, contente-se.

insight alright

olho seco pouco faço
vejo ouço escrevo e passo
permaneço fico saio e entro
atualizo flexiono levanto e sento

quem sabe agora vai?

...foi