quarta-feira, 22 de julho de 2009

Crônica [?] de uma vida anunciada

Sinto seu braço me envolver. Me sinto bem por isso. Mas você ainda não tem rosto. Por onde você andou esse tempo todo? Se coloque no meu lugar. O lugar onde você sempre esteve. Agora e de novo e de novo. Eu me importo. Você também deveria se importar. Se coloque no seu lugar. É exatamente onde irei te possuir. Na calada, no suspiro, no pranto, no espirro. Eu insisto que seja assim. Me leve aonde você quiser ir. Seu caminho também é incerto? Você tem ótimas idéias. Onde você está nesse momento? Eu quero ser sua solução total. Imersão a 90º G.L. E dizer que deixarei de ser o fado inconstante de sempre. Nenhum de nós merece isso. Encontrarei minha paz de qualquer modo. Não tenho pressa. Assim diz o senhor otimismo. O meu fraco sempre foi matemática humana: nunca soube com quem contar. O PhD está a caminho. As coisas sempre mudam. A mudança também leva boas coisas a outros lugares. Mas o que a leva? A casa antiga ainda está de pé. Nada caiu. O piso foi reformado. O pátio e o jardim estão felizes. A calçada anda concorrida. Na sala não há mais silêncio. As condições do tempo mudaram. Mas e daí? No futuro antigo eu poderia confiar em você. E te conheceria bem. Como nunca antes no passado presente. Nada seria tão belo. Tudo é tão evidente. Sempre foi. Apenas me diga uma coisa: já não nos conhecemos de algum lugar?



Obs.: não sei se o termo "crônica" se encaixa pra esse escrito. Na falta de outro, fica esse mesmo...