Sinto seu braço me envolver. Me sinto bem por isso. Mas você ainda não tem rosto. Por onde você andou esse tempo todo? Se coloque no meu lugar. O lugar onde você sempre esteve. Agora e de novo e de novo. Eu me importo. Você também deveria se importar. Se coloque no seu lugar. É exatamente onde irei te possuir. Na calada, no suspiro, no pranto, no espirro. Eu insisto que seja assim. Me leve aonde você quiser ir. Seu caminho também é incerto? Você tem ótimas idéias. Onde você está nesse momento? Eu quero ser sua solução total. Imersão a 90º G.L. E dizer que deixarei de ser o fado inconstante de sempre. Nenhum de nós merece isso. Encontrarei minha paz de qualquer modo. Não tenho pressa. Assim diz o senhor otimismo. O meu fraco sempre foi matemática humana: nunca soube com quem contar. O PhD está a caminho. As coisas sempre mudam. A mudança também leva boas coisas a outros lugares. Mas o que a leva? A casa antiga ainda está de pé. Nada caiu. O piso foi reformado. O pátio e o jardim estão felizes. A calçada anda concorrida. Na sala não há mais silêncio. As condições do tempo mudaram. Mas e daí? No futuro antigo eu poderia confiar
Obs.: não sei se o termo "crônica" se encaixa pra esse escrito. Na falta de outro, fica esse mesmo...